Folhas Secas
Quando eu piso em folhas secas
caídas de uma mangueira
penso na minha escola
e nos poetas da minha estação primeira
Não sei quantas vezes
subi o morro cantando
sempre o sol me queimando
e assim vou me acabando.
Quando o tempo avisar
que eu não posso mais cantar
sei que vou sentir saudade
ao lado do meu violão
da minha mocidade.
Quando eu piso em folhas secas
caídas de uma mangueira
penso na minha escola
e nos poetas da minha estação primeira
Não sei quantas vezes
subi o morro cantando
sempre o sol me queimando
e assim vou me acabando.
Quando o tempo avisar
que eu não posso mais cantar
sei que vou sentir saudade
ao lado do meu violão
da minha mocidade.
Essa música da dupla Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito representa, na canção popular, um cruzamento bastante curioso. Ao mesmo tempo que se elabora a partir da experiência direta dos autores, é um mergulho profundo num dos topos mais sensíveis da literatura clássica: uma espécie de carpe diem, no qual o lamento pela perda da mocidade corresponde às folhas secas caídas. Isto demonstra não só a permanência de uma visão de mundo, como a sensibilidade dos nossos poetas populares.
(oswaldo martins)
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