sábado, 5 de janeiro de 2008

Matula

I

Acumular
- longe da usura
no intervalo do clic
no descanso das coisas -
provisão
para imprevistos
cioso
de que este farnel
não deixa esquecer
os lugares

II

A máquina febril
cessa
e os sons
exultam
corguinho
corguinho
brisa
trinados, folhagem
ramos rumos rumores


(Luiz Fernando Medeiros de Carvalho – nos 31 de dezembro de 2007, em Tiradentes).

Um comentário:

  1. LUiz Fernando,
    adorei este seu poema. Uma bela demonstração da paz que os tempos mineiros e tiradentinos fazem conosco. Lindo o
    corguinho
    corguinho.
    Beleza!

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