quinta-feira, 9 de novembro de 2017

como um soneto escuso

a câmera escura destrói sorrisos de gioconda com a pata direita rompe telas e os olhos que a viam tornam se pasmos o tempo escuso o papo é reto falta-lhe o jocoso pano de fundo por modificar os olhos vazados dos recegados vampiros do paraíso em atonia imagem inversa fotografia dos palácios domínio que ecoa na memória súdita das marinhas mercantes deste conde de olivares o cabeça d’alfinete a chamar de volta a velha rainha de copas e o jaguadarte



(oswaldo martins)