Quando vi nas livrarias o título do livro de Evandro Affonso Ferreira, confesso que o comprei levado pelo impulso da lembrança que o nome me sugeriu. Grogotó era o nome de um bairro de minha cidade, de um hotel. Não li o livro imediatamente, havia outros na fila de livros que deveria ler primeiro. Até que ontem à noite, terminado o romance que estava lendo, peguei o volume e o li.
Tinha uma apresentação do José Paulo Paes, o que sempre é um bom indício. Os contos são curtos – lembrou-me os de Dalton Trevisan, não só pela temática como pelo recorte que faz da realidade. Certa violência que aqui e ali desponta seca, cruenta e definitiva. Não é a meu ver uma obra definitiva. Parece que é a primeira que o autor escreveu; depois se seguiram outras.
Não tenho um valor definitivo sobre os contos – uns me agradaram mais que os outros, mas no geral gostei do que li. Há uma questão de linguagem que é perigosa – isso de criar palavras e mantê-las no léxico compreensível, verossimilhante pode faze desandar o texto, o que, aliás, não é o caso. Além de, é claro, me induzir a novamente tomar contato com o que o autor escreveu; apenas uma outra notação: a economia excessiva do autor pode fazer do texto apenas uma piada. Este talvez seja o risco do texto mínimo, que termine como o soneto, com uma chave de ouro.
Oswaldo Martins
Rio, janeiro de 2008.
Tinha uma apresentação do José Paulo Paes, o que sempre é um bom indício. Os contos são curtos – lembrou-me os de Dalton Trevisan, não só pela temática como pelo recorte que faz da realidade. Certa violência que aqui e ali desponta seca, cruenta e definitiva. Não é a meu ver uma obra definitiva. Parece que é a primeira que o autor escreveu; depois se seguiram outras.
Não tenho um valor definitivo sobre os contos – uns me agradaram mais que os outros, mas no geral gostei do que li. Há uma questão de linguagem que é perigosa – isso de criar palavras e mantê-las no léxico compreensível, verossimilhante pode faze desandar o texto, o que, aliás, não é o caso. Além de, é claro, me induzir a novamente tomar contato com o que o autor escreveu; apenas uma outra notação: a economia excessiva do autor pode fazer do texto apenas uma piada. Este talvez seja o risco do texto mínimo, que termine como o soneto, com uma chave de ouro.
Oswaldo Martins
Rio, janeiro de 2008.
GROGOTÓ:INTERJEIÇÃO para Acabou-se!agora é tarde.Muito bom seu blog!!!!Ednei Rodrigues neypero@hotmail.com São Paulo
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