as flores de plástico são os umbigos
da inocência não alimentam porcos
servem à higiene aos lavatórios pios
ao nojo das garotas e garotos ocos
flores de plástico não servem viram
moradas do pó e nenhum mosquito
se cria ali florescem sem sol ou
sal
as solitárias da máxima romântica
preferem os ademanes das rosas
a boa educação satisfeita da pança
cheia o champanhe os clichês semi
eruditos da inteligência nas ancas
as flores de plástico são o
cogumelo
da prudência a rua deserta as casas
bunker de aço e nenhum estilhaço
tão sensíveis coitadas se
horrorizam
quando explodem nas ruas da cidade
os cravos rubros da vida e da guerra
(oswaldo martins)
Nenhum comentário:
Postar um comentário