sábado, 26 de abril de 2008

De A geração que esbanjou seus poetas

O futuro também não nos pertence. Daqui a algumas dezenas de anos, seremos chamados, sem qualquer piedade, de gente do milênio passado. Tínhamos apenas cantos apaixonados sobre o futuro e, de repente, esses cantos, frutos da dinâmica do presente, transformaram-se em fatos da história literária. Quando os cantores são assassinados e as canções, arrastadas ao museu e presas ao passado, a geração atual torna-se ainda mais desolada, mais abandonada e mais perdida, mais deserdada, no sentido verdadeiro da palavra.

(Roman Jakobson – in A geração que esbanjou seus poetas. Cosac&Naif. 2006. Tradução: Sonia Regina Martins Gonçalves)

2 comentários:

  1. Caro Sr. OsMartins,
    O livro do Jakobson tá aqui esperando pela leitura... Fiquei curioso com o Coetzee. Quem são os bárbaros mesmo?
    Amplexos,
    Nilton

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  2. Mano blogueiro, obrigado pela indicação. Vou conferir e trocamos figurinhas.
    Paz e bom humor, sempre.
    walmir
    http://walmir.carvalho.zip.net

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