É imenso o prazer que sinto, quando recebo – como obra do acaso – um pequeno ramo de flores – diminutas flores, para guardar num livro, deixá-la ali como uma lembrança ininterrupta da alegria de viver. Os faunos e as ninfas voltam a povoar o mundo, com seus flautins e músicas misteriosos. O mistério se instaura de imediato e permite cabriolas, azafamadas profundezas. Como um intermezzo lírico no meio da selva de concreto e o ritmo frenético do dia a dia, flores e livros compõem o espírito seja como um samba de Nelson Cavaquinho, cantado por Elizete, seja como uma música de Cole Porter, entoada por Ella. Ou ainda, egressos de uma encenação em que Dioniso se louvado, perfumado e enfeitado pelas bacantes em êxtase e entusiasmo, livros e flores são dádivas para a construção do mundo.
Li o Radiguet, com o diabo no corpo. Um livro espantoso.
(oswaldo martins)
Li o Radiguet, com o diabo no corpo. Um livro espantoso.
(oswaldo martins)
Oswaldo, lembrei da minha infância, lá em Friburgo. Nova Friburgo. Morávamos numa rua sem saída, ao fundo um rio que inundava todo verão e que me estragou alguns livros. Em frente à minha casa havia uma plantação, imagine, de papoulas. Não há mais plantação de papoulas, Oswaldo, e elas são umas flores lindas. Todos nós, crianças, tínhamos pétalas de papoulas entre as páginas dos livros escolares. Eram como seda, secavam e permaneciam lindas. Seda pura. Não ópio.Livros e pétalas.
ResponderExcluirAbraços Horacio Matela
Oswaldo, meu velho amigo.
ResponderExcluirCá estou nos Pampas tendo a grata alegria em deparar teu blog.
Saudades dos tempos de broa com cerveja na padaria de Mq.São Vicente. O e-mail que tinha de ti, perdeu-se desatualizado no tempo.
Um abraço Grande
Grande Roberto,
ResponderExcluiranota aí o e-mail: osmarti@uol.com.br
Agora anda pelos Pampas?
Abraço,
Oswaldo
Oswaldo,
ResponderExcluirRecebestes o e-mail que te mandei ?
Abraço
Roberto