domingo, 30 de dezembro de 2007

Musse de musas - Introdução

sou cavalo de deusas úmidas
algumas chorosas outras suadas
uma (que também mereço) secreta
o quase caldo a textura
que acalma minha língua

mas uns versos dão-me todas
em troca de tréguas e glosas
e as deponho, inquérito e falácia,
parcas, vírgulas de nossas vidas

pororocam-se as moças
mousses de outra onda
deliro deltas, mouses e morses
deslizando meu rio
no branco por jogar

um tento é das musas
outro do furto de mim
meu canto é assim
rap dó de peito
rock de breque
eco de senzalas

e teletelas

taí o meu palpite

e quem quiser acredite
no poder da criação
(do paulinho e do joão)

Calíope está aqui

Um comentário:

  1. Alexandre,
    gosto do jogo das palavras e o significado que ele cria. A língua com dupla possibilidade, escrevendo as diversas possibilidades do viver.

    ResponderExcluir