sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Cantarolar

Caminhar com ela pela orla a conversar desinibe braços e mãos que se ajeitam em ir e em vir enquanto falamos e olhamos pra nós e em volta de nós as coisas e a gente que também passa por nossa voz e por aquele mar. A voz meio soprano dela cantarolou distraída de mim e de si três vezes no meio da rua por onde seu olhar passeia por fora de nós. Surpresa suave de quem se expôs um pouco sem controle absoluto ela teve quando perguntei sobre seus cantos rápidos entregues ao descuido de quem fala sozinha.

Cláudio Correia Leitão

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