Gela a lua de março nos telhados
e à luz adormecida
choram casas e os homens
nas colinas da vida.
Correm as lágrimas ao rio,
a esse vale das dores passadas,
mas choram as paredes e as almas
outras dores que não foram perdoadas.
Aos que virão depois de mim
caiba em sorte outra herança:
o oiro depositado
nas margens da lembrança.
(Mário de Carvalho)
e à luz adormecida
choram casas e os homens
nas colinas da vida.
Correm as lágrimas ao rio,
a esse vale das dores passadas,
mas choram as paredes e as almas
outras dores que não foram perdoadas.
Aos que virão depois de mim
caiba em sorte outra herança:
o oiro depositado
nas margens da lembrança.
(Mário de Carvalho)
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