segunda-feira, 2 de junho de 2008

Imre Kertész

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É possível que suportemos a vida tão somente por ela ser tão improvável; por outro lado. a consciência procura investigar o tempo todo a chamada realidade, deseja a realidade.
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A pergunta singularmente desconfortável com a qual Wittgenstein não pára de se atormentar: será que o que escreve tem valor? Parece a ostra observando as flutuações do preço de mercado da pérola enquanto produz no fundo do mar: deve-se reconhecer que a natureza da pergunta de Wittgenstein é radicalmente diferente da natureza da ostra.

(Kertész, I. Eu, um outro. Planeta - 2007)

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