sexta-feira, 23 de maio de 2014

poemetos

degas I

se lavam nas bacias
lânguidas das últimas trepadas

com o jarro deixam escorrer
sobre a buceta a água morna

esfregam e fazem descer pelas coxas
a espuma azul das noites incontestes


degas II

de costas o rasgo da bunda
sobre o vermelho da almofada
um paraíso adornado pela composição

dos quadros


verbo intransitivo

de quatro a velha matrona
rebola

do jovem idiota que a
empolga

a mestra dos prazeres
gargalha


cabaret mineiro

havia uma dona
que sorvia a fumaça do cigarro
pela boceta
e a soltava pelo rabo

as gentes vinham de longe
só para vê-las


tradição

entre salvador, são paulo, rio
minas é a puta mais nova
da federação


(oswaldo martins)

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