segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

cacos

 

os vasos sabem a miúdas enfibraturas

quase imperceptíveis apenas ao toque

deixam-se ver e lestos no esconderem

quem os cunhou secam em sepulturas

 

as imagens no sobre conceito afixadas

desmedida a sua dimensão de nuncas

a gerir a vida e a sentenciar os numes

em palavras reles calam e reprimem

 

com toda avidez o dia até o amanhã

quando uma mão sediciosa os exuma

e mostra à caveira dos olhares o oco

imenso das tecituras: os vasos-caco

2 comentários:

  1. Em minha leitura, o poeta tece palavras secas em torno do nada..

    ResponderExcluir
  2. De certa forma sim, entretanto, a imagem dos vasos-caco prevalecem como restolho. Obrigado pela leitura. Quem comenta?

    ResponderExcluir