terça-feira, 21 de janeiro de 2025

morte

 


nunca sob o manto da dor alheia

os tapetes de etiqueta, os valores

da distinção sirvam sorrisos

em vasos de flores

 

a festa não cabe

onde rastejam os desesperados

que voltam para a cidade destruída

 

cada janela expõe um morto

um corpo sem mãos

no ventre carcomido

 

as moscas rondam a cena

de sangue num escombro

das ruas vazias de rafah

 

oswaldo martins

 

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