1
Cinqüenta anos são bodas de sangue
casei com a inconstância e o prazer
2
Acendo um cigarro
molhado de chuvaaté os ossos
3
O amor é um falso brilhante
nos dedos da debutante
macacos tocam tambor
4
Voltei pra casa e em plena dor de corno
quebrei o vídeo da televisão
5
Aos cinqüenta anos insisto na juventude
6
Esse é o som da minha terra:
som de andaime despencando,
de encosta desmoronando,
de rios violentando
as margens do meu limite.
7
Se o amor anda ausente
o armário só guarda
uma escova de dente
8
E subi São Conrado até o Redentor
Lá no morro Encantado eu pedi Piedade
Plantei Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro
9
Tu te esfunarás...
me neblinarei
sobre os telhados, galáxias azuis.
Sonambularás,
te voltarei
gatos lambendo as estrelas...
Wendy e Peter Pan
sem o amanhã,
nunca para nós dois, é sempre cedo.
Marietarás e eu Buarquirei em dois cavalos com asas de luz.
Tu te nublarás, me eclipsarei...
nuvens em nossa cabeça.
Toma, Peter Pan, só um Lexotan
pra que tanto amor não te enlouqueça.
Vagalumarás por você sobre campo o campo,
eu virei do mar, teu pirilampo...
Como um circo aceso,
o céu da manhã saudará o amor que não dormir.
Tu desabará...
eu despencarei...
e o amor azul vai nos cobrir
1 0
Sou bem mulher de pegar macho pelo pé
Reencarnação da Princesa do Daomé
Eu sou marfim, lá das Minas do Salomão
Me esparramo em mim, lua cheia sobre o carvão
Um mulherão, balangandãs, cerâmica e cisal
Língua assim, a conta certa entre a baunilha e o sal
Cinqüenta anos são bodas de sangue
casei com a inconstância e o prazer
2
Acendo um cigarro
molhado de chuvaaté os ossos
3
O amor é um falso brilhante
nos dedos da debutante
macacos tocam tambor
4
Voltei pra casa e em plena dor de corno
quebrei o vídeo da televisão
5
Aos cinqüenta anos insisto na juventude
6
Esse é o som da minha terra:
som de andaime despencando,
de encosta desmoronando,
de rios violentando
as margens do meu limite.
7
Se o amor anda ausente
o armário só guarda
uma escova de dente
8
E subi São Conrado até o Redentor
Lá no morro Encantado eu pedi Piedade
Plantei Ramos de Laranjeiras foi meu juramento
No Flamengo, Catete, na Lapa e no Centro
9
Tu te esfunarás...
me neblinarei
sobre os telhados, galáxias azuis.
Sonambularás,
te voltarei
gatos lambendo as estrelas...
Wendy e Peter Pan
sem o amanhã,
nunca para nós dois, é sempre cedo.
Marietarás e eu Buarquirei em dois cavalos com asas de luz.
Tu te nublarás, me eclipsarei...
nuvens em nossa cabeça.
Toma, Peter Pan, só um Lexotan
pra que tanto amor não te enlouqueça.
Vagalumarás por você sobre campo o campo,
eu virei do mar, teu pirilampo...
Como um circo aceso,
o céu da manhã saudará o amor que não dormir.
Tu desabará...
eu despencarei...
e o amor azul vai nos cobrir
1 0
Sou bem mulher de pegar macho pelo pé
Reencarnação da Princesa do Daomé
Eu sou marfim, lá das Minas do Salomão
Me esparramo em mim, lua cheia sobre o carvão
Um mulherão, balangandãs, cerâmica e cisal
Língua assim, a conta certa entre a baunilha e o sal
Genial, meu caro Oswaldo,genial. O que que esse cara bebe, que não servem nos bares?
ResponderExcluirAbraço
Cesar
Adorei! Completo cinquenta anos em novembro e li seu texto como se fosse um presente antecipado dessa nova caminhada de vida!
ResponderExcluirPaz e Bem!
Terezinha Fatima