quarta-feira, 22 de abril de 2009

o estandarte da sensatez

Para Cesar Cardoso e Cibele


quem este de imagens descritivas carrega nas mãos o mundo
o mundo cabe num pedaço tênue da voz quem vocifera pano
e arruma arrojos dispõe a ordem da sibila e do caos este que
sopra desavindo personagem dos sertões conselheiro ébrio o

que navegante da solidão troca silêncios enternecido quase
a ponto de verter ingente o mundo o mundo como não este
quem em si a disposição se faz por ordem de palavras e reta
traços e pano e cama e voos dispostos do navegante ébrio o

quem de ameias e muralhas ensandecido obriga nos desvãos
do pensamento o certeiro construir do cheiro do pespego do
azul onde brilham sóis e a translúcida forma de pensar este
azul a arte como se faz retalhar o mundo e surgir um outro

em seu lugar

(oswaldo martins)

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