domingo, 15 de março de 2009

nebulosas

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nebulosas

fez silenciarem as possibilidades de seu grito
athur que andava como um lêmure que voava
como uma mosca; arthur, aquele do mundo o
que propôs nebulosas nos garfos nas canecas

um desconhecido universo uma desconhecida
aptidão para erros garfo entregue à desmesura
do acerto retilíneo das paixões – árcade poeta
dos objetos de velas pandas arbítrio da lógica

que fez navegaram os veleiros nos carros nas
asas das canecas como se nos mares de antes
como se anfíbios passaportes interrogassem o
ambíguo doesto suspenso pelas rodas do mar

que navegam rodas quando feitas de madeira
que navegam palavras quando creem imagens
que navegam imagens quando o mar não-ser
de mim que navega o eu quando se fecha o a

navegar

(oswaldo martins)

Um comentário:

  1. As figuras de linguagem nos leva a insólitas viagens. Lindíssimo!Adorei! Parabéns!!!

    bjus pra ti!
    voltarei sempre!!!

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