EXÍLIO
Quando tive um velocípede
E rodava pela Rua da Praia
E os bondes de Niterói eram vistos
Da areia ou da baía sobre a murada
A fumaça preta de ônibus
Ainda não fazia tão mal
Os trens e os trilhos eram já escassos
E as barcas apitavam pungentes perdidas
na neblina dos dias de inverno
Eu nada sabia de Babel e Sião nem de Camões
Mas encontrava beleza e refinamento na saudade cotidiana
Se arrastando lenta pela casa e no tom solene,
Trechos de desterro do Velho Testamento lidos voz alta.
(Cláudio Correia Leitão)
ÁGUAS
De Vassouras e Paracambi o mundo
Fontes, Rodeio, primeiro essas
O barulho da água do rio macaco
Marulho de ponte de ferro de trem sobre outros rios
Trilhas de cachoeiras no mato, em Cacaria
Conchegos líquidos e lágrimas
Águas de banhos de chuva e bacia
Água de poço proibido a crianças nos quintais
Água distante travessia e mar
Mas mar é água secundária na memória.
(Cláudio Correia Leitão)
Quando tive um velocípede
E rodava pela Rua da Praia
E os bondes de Niterói eram vistos
Da areia ou da baía sobre a murada
A fumaça preta de ônibus
Ainda não fazia tão mal
Os trens e os trilhos eram já escassos
E as barcas apitavam pungentes perdidas
na neblina dos dias de inverno
Eu nada sabia de Babel e Sião nem de Camões
Mas encontrava beleza e refinamento na saudade cotidiana
Se arrastando lenta pela casa e no tom solene,
Trechos de desterro do Velho Testamento lidos voz alta.
(Cláudio Correia Leitão)
ÁGUAS
De Vassouras e Paracambi o mundo
Fontes, Rodeio, primeiro essas
O barulho da água do rio macaco
Marulho de ponte de ferro de trem sobre outros rios
Trilhas de cachoeiras no mato, em Cacaria
Conchegos líquidos e lágrimas
Águas de banhos de chuva e bacia
Água de poço proibido a crianças nos quintais
Água distante travessia e mar
Mas mar é água secundária na memória.
(Cláudio Correia Leitão)
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