Ensaio
Para Fernando Faro
Em 1973, Fernando Faro inaugurou um programa histórico. Ensaio. Ouvir as gravações das entrevistas e das músicas é como provar do manjar dos deuses, beber do vinho de Baco, tamanho é o prazer de perceber a dicção das histórias dos nossos artistas mais significativos e queridos. Nele gravaram Elis Regina, o primeiro programa, Adoniram Barbosa, Nélson Cavaquinho, Cartola – tantas foram as histórias, tantas a gravações que emocionaram um público que gostava ou aprendia a gostar de nossa música.
Marcante entre tantos, gostaria de dizer da emoção que foi ouvir o programa feito com a Velha Guarda da Portela, a apresentação também emocionada que Fernando Faro faz do grupo de compositores portelense. Chico Santana, Monarco, Mocinho a Beça, Alvaiade, Aniceto, Manacéa, a ausência de Miginha, internado e as palhinhas de Cristina Buarque, Elifas Andreato, e Carlinhos Vergueiro. As histórias da Portela. Sua batida única. A rusticidade maravilhosa das vozes em solo ou em coro.
O desfile das composições bem medidas, perfeitas em sua inteireza, no qual letra, música e canto se tornam um paradigma da composição do samba, demonstra didaticamente o significado da expressão mais intensa de nossa arte.
Fazer um programa de entrevista com uma pessoa pode resultar em jóias raras, como de fato resultaram as entrevistas do Ensaio. Fazer com um grupo de pessoas, só é possível se estas pessoas possuem a dimensão do que são e do que fazem, como da agudeza e sensibilidade do entrevistador. Essa possibilidade se dá a ver, quando se percebe que o estúdio se transforma no terreiro onde evoluem as vozes, os instrumentos, como em uma autêntica roda de samba.
Já ouviram o Quitandeiro?
(oswaldo martins)
Para Fernando Faro
Em 1973, Fernando Faro inaugurou um programa histórico. Ensaio. Ouvir as gravações das entrevistas e das músicas é como provar do manjar dos deuses, beber do vinho de Baco, tamanho é o prazer de perceber a dicção das histórias dos nossos artistas mais significativos e queridos. Nele gravaram Elis Regina, o primeiro programa, Adoniram Barbosa, Nélson Cavaquinho, Cartola – tantas foram as histórias, tantas a gravações que emocionaram um público que gostava ou aprendia a gostar de nossa música.
Marcante entre tantos, gostaria de dizer da emoção que foi ouvir o programa feito com a Velha Guarda da Portela, a apresentação também emocionada que Fernando Faro faz do grupo de compositores portelense. Chico Santana, Monarco, Mocinho a Beça, Alvaiade, Aniceto, Manacéa, a ausência de Miginha, internado e as palhinhas de Cristina Buarque, Elifas Andreato, e Carlinhos Vergueiro. As histórias da Portela. Sua batida única. A rusticidade maravilhosa das vozes em solo ou em coro.
O desfile das composições bem medidas, perfeitas em sua inteireza, no qual letra, música e canto se tornam um paradigma da composição do samba, demonstra didaticamente o significado da expressão mais intensa de nossa arte.
Fazer um programa de entrevista com uma pessoa pode resultar em jóias raras, como de fato resultaram as entrevistas do Ensaio. Fazer com um grupo de pessoas, só é possível se estas pessoas possuem a dimensão do que são e do que fazem, como da agudeza e sensibilidade do entrevistador. Essa possibilidade se dá a ver, quando se percebe que o estúdio se transforma no terreiro onde evoluem as vozes, os instrumentos, como em uma autêntica roda de samba.
Já ouviram o Quitandeiro?
(oswaldo martins)
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