terça-feira, 1 de agosto de 2023

O do relâmpago


A Gonzalo Rojas

Como foram rápidas essas mãos para tocar a luz, assim como os olhos para deixar constância do que viram. Já não recordo se foi em Nova York, Caracas ou Chicago, onde o vi com essa lanterna virada para dentro, brava contra a página em branco, queimando-a com seu grafismo. Furioso de alegria dava renda solta a uns potros a galope por entre os lagos do sonho e da realidade. Por vezes imaginários correndo e se despindo, em outras submetendo-se ao rebuliço de um diálogo inaudito.

(Armando Romero - Colômbia)

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