quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

os desenganos da poesia metaforicamente

cabeleira extensa possuem os heróis perdidos
o amor livre de bocas de fogo tresandam nulas
que se haviam aos mares às montanhas na rua
deixavam nos deslugares as sementes e o gozo

poetas cujos umbigos – os maiores do mundo –
pendem da mesada do estado cachos de uvas
verdes dicionários tranquilos de mesmada voz
do contra pelo ao pelo dos ai jesus da piada de

50 anos idolatram os gurus indianos os lamas
tibetanos e os franciscos vaticanos e os ramos
adjetivos à pequena voz dos profissionais dos
mercados paranasianos das livrarias travessas

inventores de jargões bra brô brum das areias
e dos advérbios tão sublimes do cá e lá de 150
aninhos como se fossem penha nau tarde rosa
ferro planta os desenganos metaforicamente


(oswaldo martins)

Um comentário: