com seu vestido grená a vizinha
passava ao largo da praça castro
alves sem ligar pra ninguém e como
o céu era do condor a terra do
avião
o vento com gentil descortesia
bulia
pelas entre-coxas da quase-cachorra
que bamboleando o balaio mole se ia
lépida a dançar o samba o rap e o
funk
os olhos de nós outros seguiam com
ela
mas caluda toda aproximação daria
em
cadeia surra ou quiçá enfezado
vizinho
a brandir ao léu as modas da moda
que não e não e com as mãos em
chifre
ecoava o tal politicamente correto
(oswaldo martins)
Muito da melhor qualidade, Oswaldo
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