sábado, 19 de junho de 2010

eugênio, bandeira e o lapa

Mostrei ao Eugênio, certo dia, meu primeiro livro – ainda inédito – o lapa. Com seu jeito, disse que o livro deveria ser publicado em um projeto radical e ter uma distribuição também radical. Imaginou para ele banca de jornal Fez para mim uma boneca em que inseria umas fotos da prostituição no bairro carioca. Queria porque queria uma foto do Manuel Bandeira com algumas prostitutas.

__ Ah, sim, Oswaldo, ele era um sacana, que vivia junto às mulatas. – disse –me ele, sério, com seu sotaque inconfundível de austro-portenho-brasileiro. Daí que reconstruí meu Bandeira, como um dos poetas mais viris da nossa língua. Leiam, leiam o Unidade de Bandeira dentro dessa perspectiva!

Saudade do Eugênio, mestre da arte e da vida.

(oswaldo martins)

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