domingo, 13 de dezembro de 2009

tempestade de verão

medo dá azar

medo

enquanto ela chora
num canto
eu fecho as janelas
no outro

de relance vejo os trovões
as facas
descobertas
na gaveta e o raio vindo de fora

não dá tempo
e ela corre
de mim
pra mim
foi medo

caiu fulminada
em cima do sinteco
ainda seco.


(Lúcia Leão)

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