sábado, 19 de setembro de 2009

1

compus manhas para teu sorriso
inventei poemas
que falassem
nele

compus malhas para tua boca
inventei palavras
que girassem
no espaço

e entre a lacuna da cidade
e o pequeno calçamento
fronteiro

à loucura e à paixão
inventei filmes
que te fizessem
despir

a roupa

(oswaldo martins)

3 comentários:

  1. Foi um dos seus poemas que mais me agradou. Abraços.

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  2. não é o poeta sob influência da Lua, não é o poeta inspirado pela Musa, não é o poeta sob intererência de um Outro. É o poeta que como se fora mágico inverte a cena poética. Lua, Musa e um Outro existem na cena, no espaço poético, criados pelo poeta.

    elesbão ribeiro

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