Um senhor piedoso dobra
o paletó de um homem morto.
Apenas Dário e a multidão
e as mesas do café vazias.
Agora,
comendo e bebendo
pelas
pessoas que apreciam
o
incidente sem o relógio de pulso
gozam
as delícias da noite.
A
última boca repete.
Ele
morreu, ele morreu.
Todo o
ar em um defunto.
Parece
morto há anos
um quase
retrato
desbotado
pela chuva.
(Heleniara Moura)
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