dançam leves partículas em sôfregas
manhãs greve buzina o só alvoroço
a cama guarda o frígido acorçoo
flâmula nos lençóis em amarroto
descobrem-se rotos – vagares íntimos
–
os poemas em desalinho sem
fogo
aguardam quietos caírem
gotículas
do lá fora chuva em abstruso coro
nada veste o desacordo entre a
tez
dos presos à rua e o cárcere plúmbeo
privado e límpido do chão burguês
sequer refreiam-se – ante o acúmulo
–
ante a turba – em suas torres de
indez
se negam corpos por temor do
chumbo
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