quinta-feira, 27 de junho de 2019

luz negra


para nei lopes

luzes na ribalta
tangem destinos cruéis
as mãos sem frenesi

nô violão e voz
e o fundo do bar
cozem a fosca lâmina

a bala de um tempo
e o prodígio socavado
suspendem o que prima

constrói a irrealidade
esta junção de paletas
do silêncio a preencher

(oswaldo martins)

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