havia um homem troncho
a compor estuques
e memória
as pessoas passavam
ao largo pela habitação
do rato
era de farrapos o cachimbo
na boca e a cadafalso
cheirava o dia
podia venenos
agulhas e bonecos
oferecia aos que por ali
a desdita na boca
vitupérios forcejava
grunhidos
os que por acaso
distraídos com varas
tocavam o bicho
em sua maestria
o homem gravava
em lama
a esfinge exata
para que caronte
os reconhecesse