sábado, 8 de outubro de 2011

obscena de arthur



para charles dias gonçalves

I

quê se quer do quê assalto às consciências
medida da mão assassina sobre a platitude
dos ossos comidos pelo mofo quem

outro do quê

quem do invento a panos e bordas
por onde baratas albinas
infensas ao quê da dor

passeiam

II

se em pus as correntes seu aço
carcomido deixam que passeie
a ausência da paisagem

um garoto cai

um quê de malhas alheias
sem anelos burburinho
do horror

tenteia

III

eis que o quê da oca lucidez
quando cadáveres apinham
meu lajedo

ouvido para as ruínas

das quê falavras
aos berros da matraca
quem um sopro de torpor

enseja


(oswaldo martins)

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