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Amo os grandes vagabundos
os maravilhosos vagabundos
os vagabundos que planam pelas ruas das periferias
com asas sumptuosas
com pombas na cabeça
com o próprio coração,
como uma pedra, atado entre as mãos
amo os grandes vagabundos
os maravilhosos vagabundos
que , como martelos delirantes,
quebram a astúcia dos espelhos
e dizem
naquela sua gíria dura e estranha,
mas bela,
que deus também se revela
entre as pernas das prostitutas.
(Luís Costa)
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