cinco horas
os ônibus fugazes
raspam a beirada do dia
seis horas
a aurora reponta
as negras unhas
seis horas
ébrio hino
das sequazes de hécate
seis horas
primeiro os bares abrem
depois as farmácias
sete horas
andei a noite atrás de cigarros
comprei-os cedo.
sete horas
trouxe-os até a prateleira
da estante onde guardo cigarros
sete horas
não os fumei
de imediato
rio, 2013
oswaldo martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário