domingo, 17 de março de 2013

Na boca


Começaram a conversar do nada. Não se conheciam. Falaram bem à vontade.  Só depois soube que ela era de fazer programas Pedira o número do telefone dele. No dia seguinte ele viu no celular uma chamada perdida. Era dela. Estava na caixa postal, não deixou recado. Dizia o nome dela e dizia fazer tudo, tudo de amor. Ligou outra vez para ter certeza do que ouvira. Não deixou recado, nada disse. Pelo número registrado do telefone dele, ela saberia que ele tinha ligado.
Dias depois, ligou. Sugeriu um encontro que ele recusou. Não estava interessado em fazer programa com ela. Não quero fazer programa, quero ver você. Você não vai pagar nada. Que mais? Perguntou ele. Eu deixo você beijar na boca. Eu quero que você me beije na boca na boca. Na boca, ouviu?

elesbão ribeiro

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