Li hoje no facebook
notícia sobre a namorada do ministro do STF. A notícia é meio canalha, que me
desculpem os puros ou os puristas. Alega o blog, que noticia, ter a namorada 24
anos e com ele passear pelas praias de Trancoso de mãos dadas. Como não sou,
como na música de Aldir Blanc, polícia da xereca da vizinha ou do vizinho, o
fato de que o Ministro esteja namorando não me interessa. Que o ministro namore
é lá com ele.
Não pretendo o
conservadorismo dos erráticos. Que todos trepassem muito, que todos namorassem,
se beijassem fora da hipocrisia dos quartos fechados, mas nas repartições e
tribunais, nas praça pública, e não só em Trancoso, no Rio ou Brasília, sem as
liturgias dos cargos, sem o discurso tosco e bacharelesco que sempre dominou as
elites do país e fizeram da linguagem hipócrita um lugar propício às dominações
veladas. A trepada ou mesmo o beijo a céu aberto. Que os presidentes e
presidentas de quaisquer órgãos possam dançar os carnavais com uma bela mulher ou
um belo homem desnudos.
O inaceitável
para mim, no que tange ao Ministro, não é sua conduta privada, mas a presença
de certo traço imperial, certo reacionarismo de opiniões, que no caso de um ministro
pode custar muito ao país. Vejam que não digo ação técnica, derivada dos
estudos, da capacidade intelectual e do pensamento profundo sobre o homem, mas da
opinião raivosa e derivada dos terríveis meios da propaganda, das terríveis
mídias que não informam e conduzem à certeza dos achismos.
As colunas
sociais nunca me interessaram. Paga-se um alto preço, demandado pela
necessidade das fofocas e interesses escusos, para fazer parte delas. A mídia
pode custar, mas sempre cobra seu preço.
(oswaldo martins)
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