sábado, 9 de novembro de 2019

RUPERT BROOKE (1887–1915)


II. SEGURANÇA

Amada! Entre os que são felizes nesta hora
Bendito o que achou nossa silente segurança
Nas sombrias marés do mundo que ressona.
“Quem mais seguro há?”, foi a nossa demanda.
A segurança achamos em tudo que não morre,
Os ventos, a manhã, alegria e abandono,
A noite densa, os pássaros, nuvens que no céu correm,
O sono, a liberdade e a terra no outono.

Erguemos uma casa que o tempo não derruba.
Ganhamos uma paz de todo inabalável.
A guerra nada pode. Será armada e segura
Minha ida ante a morte, o êmulo inelutável;
Mesmo que não mais haja segurança e que os homens
Caiam; e mais segura ainda se estes meus membros morrem.

RUPERT BROOKE (1887–1915)

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