terça-feira, 28 de maio de 2013

teoria oito das partes do universo

para silvano fidelis

da perspectiva azul um cós de calça
a linha africana dos semblantes cor
no capote nas mangas traço nuvem
as bandeirolas deixaram de ser que

foram neste exercício de completas
as voltas do cair costuram a mecha
da medida a sorna o alumbramento
da terra nua da terra por em insular

e atravancar na garganta dos sábios
meu vodu de atabaques e requebros
as perspectivas das minhas dornas
nelas o vinho dessas moças soltas

ironia benfazeja gozo riso dentes
sobre a poeira os desertos findos
a cor dos panos da costa os seios
beijam o céu e desafiam a morte


(oswaldo martins) 

2 comentários:

  1. Assombro logo de cara, na perspectiva azul um cós de calça
    que vai se costurar depois com
    a cor dos panos da costa os seios
    beijoam o céu e desafiam a morte

    Além disso, a beleza do
    meu vodu de atabaques e requebros

    e tudo isso
    sobre a poeira dos desertos findos

    Só dá mesmo aqui para repetir o seu poema, lindo.

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  2. É, o homenageado,
    fico nas nuvens como um simbolista,
    entre imagens tão bonitas de fortes...
    Que mortal não fica feliz com essas imortalidades???
    Salve, Poeta!

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