Hoje há uma mulher nesse sol-posto,
ora não, ora meiga, ora alvadia.
Ontem revendo-a, muda-se o meu rosto
assustado em cegueira, que não via.
Certa vez a revi em findo agosto:
não era o mesmo canto que eu ouvia;
o seu pranto expirava um outro gosto,
retinia o seu bronze outra alegria.
Tendo vindo do céu chuvas antigas,
essa ofélia dos ares semeou-se:
houve joio e houve trigo sobre o humo.
E a semente do joio nasceu triga,
e uma parte do trigo transformou-se
em sombra ou coisa menos do que fumo.
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