Nasci sem olhos
sem língua
com uma cascata de nadas pulsando
no sangue
vejo o mundo por olhos alheios
canto numa língua que herdamos
e sentidos catados nas ruas
caveiras programadas
à sombra da noite transparente.
*
Calçamento de pedras desoladas
da lua
costura de vozes e sombras
nos santos surdos de pedra –
onde falamos.
*
Atrás dos cogumelos de madeira
molhados de sereno –
uma silhueta sem rosto
vela meu sono.
Mar Becker
Lindo o poema, mas não é meu :) O Língua Epistolar, onde ele está publicado, era/é um blog coletivo. Este poema pertence a outro autor.
ResponderExcluirBeijos :)