poema para moça na praia nua
o mar sentou-se em seu colo
os pelos embebidos
na água oxigenada
eram uma dádiva
do corpo escuro ao sol
como uma concha nua
os deuses de areia
fizeram escorrer água
sobre o dorso escuro
de sua pele luz
(Oswaldo Martins)
poema para a moça no sofá nua
sob a casa nua
no sofá
declara a luz
o ápice da sala
escura
(Oswaldo Martins)
poema para moça dormindo nua
despistam ali cediços movimentos
o movimento e a pausa
depois o recomeço
o tempo aguça-se pele
ao som do cravo
ao somo do Jimi
em linha curva o braço
recobre o rosto
faz levitarem os peitos
(Oswaldo Martins)
Beleza, Oswaldo.
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