1
da saia
que de par em par
ruflou
borboletas azuis
saíram
as fortificações
se o mar brame
em sonhos
aos calores de maio
dançam nos discursos
dos estetas
espedaçados
2
se o que antes borboletas eram
agora nos paus de canela
da saia
outras ramificações
3
o cheiro
se tanto
à água
se tanto
ao céu
o acre
sabor
das saias
(que se agitam)
à noite
os desencantos
cedem
à álacre
vertigem
do conluio
das entrepernas
e gozo
(oswaldo martins)
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