quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estação 1


1

os becos-labirinto passeiam a cidade escusos
becos dorme um mendigo se tem rugas se a mão
toca o fino deleite do pelo em crespo pó oco
a voz tateia por um leite pelo crack a bolsa

dos avantesmas vestidos de terno agarrada ao
peito fede mijo fede a sêmen coagulado no ai
meu deus dos prostitutos dos mercados e medo
beco a cidade medra no abuso-ruas que retina

alguma guarda da língua vestígios-língua quê
baba de humores badalo das gurias imperdidas
que trafegam buceta e riso e velhas esquinas
e passam as mãos pelas bolas com que jogam a

sinuca co’os bicos

(oswaldo martins)

Nenhum comentário:

Postar um comentário