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os becos-labirinto
passeiam a cidade escusos
becos dorme um
mendigo se tem rugas se a mão
toca o fino deleite
do pelo em crespo pó oco
a voz tateia por um
leite pelo crack a bolsa
dos avantesmas
vestidos de terno agarrada ao
peito fede mijo fede
a sêmen coagulado no ai
meu deus dos
prostitutos dos mercados e medo
beco a cidade medra no
abuso-ruas que retina
alguma guarda da
língua vestígios-língua quê
baba de humores badalo
das gurias imperdidas
que trafegam buceta
e riso e velhas esquinas
e passam as mãos
pelas bolas com que jogam a
sinuca co’os bicos
(oswaldo martins)
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