em que desoras ao encontrar-te aflita
vi se chegarem os monstros vitalícios
em teu horror noturno plantei ramos
de acrílico para atiçar-te os danos
e envolver-te com doçura e estudo
o próximo passo a viva aventura
para que não às lágrimas viesses
mas ao prazer de ter-te em sangue
descurada a hipocrisia dos espaços
cujos demônios pus para fora
cujo dardo compus com acuro
rarefeita a emotiva sugestão
cortei-te até jogar-te fora do sublime
e ao rés do chão te possuí ao som
em que enlace furor e estratégia
foderam-te o corpo com a força
de um assassinato
(oswaldo martins)
Muito bom, Oswaldo. Outra linguagem. Outro tipo de alcance para as mesmas questões de sempre.
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