quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

sonhos de arthur

2

vaga dupla eu e outros a cada vez
pares que não pois subsisto – eu – neste
tecido de múltiplas faces árduo
ofício de desencantar o infausto

diálogo do eu com outros os quês
da pergunta que disfarço reposto
nos comichões dos deuses dos alvores
do cerebelo ou infante pressuposto

do pensar ingente as obras do ocaso
calidoscópio e azares e conexas
disjunções dúbias aos pares simétricos

que escondo e mostro no aziago azo
destas cordas que deixaram arestas
pendidos ês nos quês dos desarquétipos

(oswaldo martins)

Nenhum comentário:

Postar um comentário