côvado
desmedido senão dos mínimos detalhes
esse que vês atulhado de cortes suspensas
pontes entre o que se permite e minha voz
aparelhos de torturar a sã certeza pensa
tudo – essas medidas de polegares
pés e antebraços essas as medidas
do nada em centímetros e metros
postos em desvios
para a composição da arte
supõe-se o destroçado olho
e objetos rasos um quê
para as palavras para a tontura
desviada do que se pode
e nem sequer duvida
esquecido o abismo ronda
a mortalha ronda
e os fios dos cabelos caos
como calvas elétricas
mais que a matéria
indicam o ingente silêncio
que faz falar a língua
(oswaldo martins)
Lindo poema, Oswaldo, parabéns.
ResponderExcluirBozzetti,
ResponderExcluirtudo bom?
Obrigado pelos comentários. Tem lido os poemas sobre o arthur que estão no textoterritório? Não que enviar algum poema seu para lá?
Abraço,
Oswaldo
Obrigado pelo convite, Oswaldo. vou dar uma sacada lá e pensarei com carinho.
ResponderExcluirabração