quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Medidas

côvado

desmedido senão dos mínimos detalhes
esse que vês atulhado de cortes suspensas
pontes entre o que se permite e minha voz
aparelhos de torturar a sã certeza pensa

tudo – essas medidas de polegares
pés e antebraços essas as medidas
do nada em centímetros e metros
postos em desvios

para a composição da arte
supõe-se o destroçado olho
e objetos rasos um quê
para as palavras para a tontura

desviada do que se pode
e nem sequer duvida
esquecido o abismo ronda
a mortalha ronda

e os fios dos cabelos caos
como calvas elétricas
mais que a matéria
indicam o ingente silêncio

que faz falar a língua

(oswaldo martins)

3 comentários:

  1. Bozzetti,
    tudo bom?
    Obrigado pelos comentários. Tem lido os poemas sobre o arthur que estão no textoterritório? Não que enviar algum poema seu para lá?

    Abraço,
    Oswaldo

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  2. Obrigado pelo convite, Oswaldo. vou dar uma sacada lá e pensarei com carinho.
    abração

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