pés servem à paixão medida ao espaço
delineado pelos números com quantos
se vão daqui à china ou bagdá ou mantos
que os ocupam pés de flanar pelas sós
ruas prados rios os esparsos terrenos
que os pés tenteiam para repor objetos
de amurada e desvios embora a cidade
seja uma uno o pátio que passeio em pés
medidos contando a simetria a cacos
rearmados como numa flor maldita
corola de plástico brilhante – o arco
do pensamento reduz pequenas putas
à escrita infame de que fujo e alcanço
nos quês afiados de fulgor e demência
(Oswaldo Martins)
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