para daniela
o acaso
a verde voz
compõem harmonias
desde quando
os braços levantam
para a linha improvável
do sovaco
*
as incríveis pernas
desde o traço
rubro da calcinha
quando se senta
com aturdido estudo
no escorço da manhã
iluminam
**
as pernas
incrível realidade
do abismo
em afetivo atonal
sumarento jorro
que o fio de arame
guarda
***
ou o antes fio
de janela para janela
guarda as especulações
sobre a vida íntima
destas desconhecidas pernas
que andam
descoladas da peça
que os olhos
guardam
****
como em um quadro
de autonomias
a luz que desvela
tange
os olhos e em seus círculos
retina
sobre a retina
que as pernas
revelam
oswaldo martins
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