para charles dias gonçalves
I
quê se quer do quê assalto às consciências
medida da mão assassina sobre a platitude
dos ossos comidos pelo mofo quem
outro do quê
quem do invento a panos e bordas
por onde baratas albinas
infensas ao quê da dor
passeiam
II
se em pus as correntes seu aço
carcomido deixam que passeie
a ausência da paisagem
um garoto cai
um quê de malhas alheias
sem anelos burburinho
do horror
tenteia
III
eis que o quê da oca lucidez
quando cadáveres apinham
meu lajedo
ouvido para as ruínas
das quê falavras
aos berros da matraca
quem um sopro de torpor
enseja
(oswaldo martins)
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