cabeças
em multidão cortam
no
vai e vem das ruas lições
de
tecedeiras
zoam
traçam pedras finas
no
oco do mundo ruídos
de
abelhas
vozes
trançam do largo
ao
gargalo dos becos
das ítacas
zureta
a seta do varonil
mercado
de risadas
firma
que a luta
é
festa de baco
**
cabeças
em multitudinária
questão
de sereias
e
cantos
seduzem
os já aceitos
e
não há acera
de
epopeias
que
tanja as velhas ruas
ao
sabor dos ulisses
destroçados
o
corpo lanha de farra
as
práticas da dor
ri
das faces
dos
tortas caras
**
ruas
em império do nada
cantam
canções
e
bárbaras
pedras
pássaras fincam
sobre
o crânio
dos
estetas
a
política da folia
o
corpo do agora
o
aqui da ágora
a
garrafa de cerveja
o
torso de uma mulata
e
a beleza do fuuu fora
para
o triste requebro
dos
mestres da arte
(oswaldo
martins)
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