fescenina,
vivo entre o quê e agora
meio abaixada
até o pescoço
dos pés
ora
o gasto rubro
do cu
ora
a gasta desflor
que da buceta
demanda
das demandas
do picador
*
a boca no nariz
se delgado for
o que dá a pica à flor
mais ainda se begônia
cultivada
nos jardins – tão
versalhes –
dos conventos
em que paira
o beija-flor
*
no parquinho burgûes de göethe
uma meninazinha aprende tanto
solfejo em flauta de dó
que o mestre instrutor
tão delicado e supina assopra
os pirilampos que tocam
trombones e varas
*
deveria ter sido assim
a história da música
e dos palácios
ao som de caça e cravo
espetavam anedotas
enquanto as moças subiam
as saias
(oswaldo martins)