Histórias de Inverno
A mulher de água
traz limos nas espáduas.
em olhos de lagoa
e o corpo como um rio.
Traz musgo sobre os seios
e a sua voz dá frio,
e o seu olhar magoa.
Mas não lhe sei o nome.
Estende os cabelos de água
no inverno dos meus olhos,
dorme na minha sorte
por toda a noite insone.
Faz um rumor de chuva,
Tem um sabor de morte.
Mas não lhe sei o nome.
(Carlos de Oliveira)
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